7 de julho de 1983, um dia que nunca será esquecido pela população que residia na região Meio-Oeste do Estado de Santa Catarina. Hoje, dia 7 de julho de 2022 se completam 39 anos daquela tragédia, onde o Rio do Peixe se tornava algo assustador, que com toda sua força, provocava destruição em todos as cidades do vale. Os cidadãos dos municípios que se formaram ao redor daquelas águas tranquilas, de Caçador até Capinzal, viram aquelas horrendas cenas de seus pertences e patrimônios sendo devastados pela fúria do fenômeno natural.
O rio Capinzal, que corta o centro da cidade, e desemboca no rio do Peixe, foi sendo represado e suas águas subiam a medida em que subiam as águas do rio do Peixe, invadindo estabelecimentos comerciais e industriais. As estradas da região começaram a apresentar problemas, o trânsito na SC-303 foi interrompido, o centro da cidade de Lacerdópolis estava tomado pelas águas e barreiras haviam caído na rodovia de ligação com Joaçaba. O tráfego de veículos ligando Capinzal e Ouro à região de Joaçaba, foi desviado pelo interior de Ouro.
A forte correnteza fez com que a Ponte Pênsil fosse levada pelas águas, e após a chegada noite, foi criando-se rumores de que a ponte Irineu Bornhausen também não aria por mais muito tempo.
O rio subiu até a madrugada do dia 8, mas por volta da 00h30min, começou a dar sinais de que as águas baixariam. A enchente chegou a estar a quatro metros acima da pavimentação das ruas.
Já ao nascer do sol, as chuvas pararam. Neste momento, as cidades do Vale do Rio do Peixe, iniciavam a contabilização das perdas causadas pela maior enchente da história dos municípios que ali habitavam. Na nossa querida Capinzal, 116 famílias foram desalojadas, sendo que 96 residências desapareceram das margens do rio. Quase todo o centro comercial foi evadido pelas águas, gerando prejuízos incalculáveis.
VILA SETE
Um movimento da istração Municipal da época, fez com que uma comunidade do nosso município carregue em seu nome, a data da grande enchente. Pensando na possibilidade de que um fenômeno semelhante poderia acontecer em um outro momento, o prefeito da época, Celso Farina, adquiriu uma área de terra nas proximidades da chamada “Estrada Velha”, do ex-proprietário Lourenço Brancher. Neste local foram construídas dezenas de casa pré-moldadas doadas por uma empresa construtora de barragem, foi então que nasceu, o famoso loteamento, a Vila Sete de Julho.